“Sonhei que saía de outro – povoado de cataclismos e tumultos – e que acordava num cômodo irreconhecível. Clareava: uma difusa luz geral definia o pé da cama de ferro, a cadeira estrita, a porta e a janela fechadas, a mesa em branco. Pensei com medo, onde estou?, e compreendi que não sabia. Pensei, quem sou?, e não pude me reconhecer. O medo cresceu em mim. Pensei: esta vigília desconsolada já é o Inferno, esta vigília sem destino será minha eternidade. Então acordei de verdade: tremendo.”
2 comentários:
ouvi falar da nara ainda em Santa Maria, e vi teu trabalho naquele salão do jovem artista. passei muito tempo longe do desenho, mas as vezes, sabe como acontece, lembrava de alguma coisa sobre aquele trabalho e teus desenhos. hoje encontrei teu blog, e o inferno do Borges me fez te escrever.
falando em borges, conheces aquele livro de viagens, Atlas, ele em viagem com maria kodama?
Oi Manoela, não conheço esse livro não, fiquei muito curiosa! Vou atrás... e, meu signo chinês é cão... abraço
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